Revesti-me de mistério
Por ser frágil,
Pois bem sei que decifrar-me
É destruir-me
No fundo não me importa
O enigma que proponho.
Por ser mulher e pássaro
E leoa,
Tendo forjado em aço
Minhas garras,
É que se espantam
E se apavoram.
Não me exalto.
Sei que virá o dia das respostas
E profetizo-me clara e desarmada.
Sei que virá o dia das respostas
E profetizo-me clara e desarmada.
E por saber que a morte
É a última chave,
Adivinho-me nas vítimas
Que estraçalho.
Myriam Fraga
Nenhum comentário:
Postar um comentário