sábado, 20 de março de 2010

Tanta tristeza nas águas, na face que refletia o espelho frágil da lua, miragem e melancolia.
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
A Mariposa

Borboleta pálida
amorosa da chama
não conhece o sol
o mundo de cores.
Tateia o que não vê.
Seu pó dourado e triste
é como uma lembrança
do que pressente.
E voa para a morte
que é sua vida.








Dora Ferreira

terça-feira, 16 de março de 2010

Vem há mim,
a cada noite que passa,
um murmúrio mudo
e replicente
que incide
em dizer-me
uma triste verdade.

Como um passaro
que aos sussurros
diz ao pé do ouvido
que não terei nada alem
volupia e solidão,

E que o outro lado
da cama, ao ouvorecer,
Sempre estará vazio...

Wagner B Santos