
Os cavalos estão cansados disse um vez um poeta, eu também estou cansado não da eterna caminhada ou do destino, mas destes desastres que povoam minha mão. Cansado de ser o Oráculo de minhas próprios tragédias e ver um a um meus sonhos naufragar, antes mesmo de nascer. Ver no primeiro sorriso já a dura secura do adeus, prever no silêncio entre aberto depois de um "eu te amo", a deveras dor de saber que a mão que me afaga com ternura e desespero me farás sofrer como um cão. É estar condenado a saber o que o amanhã trará, o que de certa forma atenua todas as partidas, mas anestesia toda a possibilidade de amor.
É estar quebrado por todos os amores perdidos, por todas as vezes que o deixou partir, que teve que dizer que é "bom que sejas assim Dionísio, que não venhas", quando tudo que mais queria era agarra-se a cintura de seu amado e implorar para ele ficar. E diante de toda a nova possibilidade de uma promessa de amor perceber que ele não esta ali, é ouvir seu coração bater forte e gritar desesperadamente que o deixe amar, pelo menos desta vez, mas um voz sussurra ao seu ouvido "és apenas uma miragem... uma falsa promessa de felicidade". E assim mantenho a segura distancia que me impedira de sofrer as agruras da dor, quando o inevitável adeus chegar. Porém a mesma distancia que me impede de sofrer é a mesma que me impede de ser feliz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário