Permita que seja eterno enquanto dure, mesmo que não dure nada.
terça-feira, 14 de junho de 2011
A morte
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.
O meu ódio não dura mais do que só quinze minutos
Em breve morre, decompõe-se, não sobram nem os mosquitos
Nada some, se transforma então estamos todos quites
E logo nasce um novo eu e já estou pronto para recomeçar
O meu amor é um bicho para lá de muito esquisito
Perdoa tudo por ser sábio ou ser muito esquecido
Não julga nada e acha até o que eu não gosto bonito
E sempre estende a mão, sorri para mim e me manda recomeçar
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Alphonsus de Guimaraens
sábado, 11 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Clarrise abriu o Mar
com as mãos
para seus sonhos naufragar.
Eu ja estou naufragado
e há em mim todo
este Vazio...
E as duas mãos quebradas
Não digo nada
O sorriso ainda é o mesmo,
o mesmo sem duvida.
Mas meus Olhos
estes farsantes
tão bem treinados
já não mais me servem
pois você os quebrou.
Condenado a esperar
por um navio distante
que traga quem
sabe a tão
prometida felicidade
Sozinho, sentado sobre
os escombros do que
restou espero,
espero e espero....
Sem nenhuma esperança.
Wagner B. Santos
com as mãos
para seus sonhos naufragar.
Eu ja estou naufragado
e há em mim todo
este Vazio...
E as duas mãos quebradas
Não digo nada
O sorriso ainda é o mesmo,
o mesmo sem duvida.
Mas meus Olhos
estes farsantes
tão bem treinados
já não mais me servem
pois você os quebrou.
Condenado a esperar
por um navio distante
que traga quem
sabe a tão
prometida felicidade
Sozinho, sentado sobre
os escombros do que
restou espero,
espero e espero....
Sem nenhuma esperança.
Wagner B. Santos
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Não Sei Quantas Almas Tenho
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
Contabilidade
Felicidade se conta com conta-gotas
Razão inversa das lágrimas que revertemos
Parco retorno de um investimento tão incerto
Que é de se pensar se vale a pena
Igualdade se conta no contracheque
Acionistas espocando a silibina
Especulando tanto que arde
A alta do preço do preservativo de baixa qualidade
Fraternidade se conta em genocídios
Homens fardados em missões saneadoras
E as estatísticas em frenética hemorragia
Manchando os aventais dos eleitores
Na nossa era
Na nossa era
Os varões exibem vis calculadoras
Na nossa era
Na nossa era
Carros, cartões de crédito, metralhadoras
Um milhão a mais um milhão a menos
Um milhão a mais um milhão a menos
Dez milhões a mais dez milhões a menos
Cem milhões a mais cem milhões a menos
Razão inversa das lágrimas que revertemos
Parco retorno de um investimento tão incerto
Que é de se pensar se vale a pena
Igualdade se conta no contracheque
Acionistas espocando a silibina
Especulando tanto que arde
A alta do preço do preservativo de baixa qualidade
Fraternidade se conta em genocídios
Homens fardados em missões saneadoras
E as estatísticas em frenética hemorragia
Manchando os aventais dos eleitores
Na nossa era
Na nossa era
Os varões exibem vis calculadoras
Na nossa era
Na nossa era
Carros, cartões de crédito, metralhadoras
Um milhão a mais um milhão a menos
Um milhão a mais um milhão a menos
Dez milhões a mais dez milhões a menos
Cem milhões a mais cem milhões a menos
Danilo Moraes
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